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Material de pesquisa: Vitrinas de Lina Bo Bardi e As Vitrines de Chico Buarque.

I

“a cidade é uma sala pública, uma grande sala de exposições, um museu, um livro aberto a todo no qual podem-se ler as mais sutis nuances, e quem tiver uma loja, uma vitrina, um buraco qualquer fechado por um vidro e queira expor naquela vitrina, quem quiser ter um papel “público” na cidade, toma a si uma responsabilidade moral (...).

As vitrinas dos bairros realmente populares, os mercados, as feiras, são inspirados pelos movimentos espontâneos e alheios a qualquer rotina esnobística da “arte” (na acepção mais corrente, atribuída a esta palavra desde o fim do século XIX) e ajudam a criar uma atmosfera pura, aquela atmosfera obtida nas classes “cultas” somente através duma disciplina duríssima e duma seleção severa.”

Habitat, São Paulo, n.Habitat, São Paulo, n.5, out-dez 1951, pp. 60-61 | Lina por escrito. Textos escolhidos de Lina Bo Bardi / organizado por Silvana Rubino e Marina Grinover; introdução Silvana Rubino. São Paulo: Cosac Naify, 2009, pp. 75-79

II

a cidade era um vão / os letreiros a te colorir / embaraçam a minha visão / tua sombra se multiplicar / Nos teus olhos também posso ver / as vitrines te vendo passar

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